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Dia Mundial da Diabetes

Notícia
Dia Mundial da Diabetes

A retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira em adultos entre os 20 e os 74 anos de idade. É uma doença que afeta os pequenos vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro. A prevalência da retinopatia diabética varia em função do tipo de diabetes (tipo 1 ou tipo 2), dos anos de evolução da doença e também do descontrolo da glicémia. Assim sendo, ao fim de 20 anos de diabetes:

•Cerca de 98% de pessoas com diabetes tipo 1 apresentam lesões.

•Cerca de 50% de pessoas com diabetes tipo 2 apresentam lesões.

A retinopatia diabética pode ser dividida em vários estágios, consoante as lesões apresentadas na retina e pode causar perda de visão severa ou até mesmo conduzir à cegueira. Podemos entender os estágios da doença como as suas fases ou graus de gravidade (classificação da evolução da doença).

 

Retinopatia diabética não proliferativa

É o estágio menos avançado da doença. Caracteriza-se pela presença de microaneurismas (pequenas dilatações dos vasos), hemorragias na retina, isquemia (fluxo de sangue e oxigénio inadequado) e edema macular (espessamento da retina). O principal sintoma é a visão turva.

 

Retinopatia diabética pré-proliferativa

É considerado o estágio moderado ou grave da doença. Caracteriza-se pelo aparecimento de veias em rosário, duplicações venosas e anomalias múltiplas.

 

Retinopatia diabética proliferativa

A retinopatia proliferativa desenvolve-se após a retinopatia não proliferativa e é a mais grave. Pode causar hemorragia vítrea e descolamento da retina. Esta é caracterizada pela formação de novos vasos sanguíneos mais frágeis, que podem romper e sangrar causando hemorragias. A neovascularização é muitas vezes acompanhada por tecido fibroso pré-retínico que, juntamente com o vítreo, pode-se contrair, resultando num descolamento da retina. Pode ainda causar problemas na mácula.

Os principais sintomas incluem pontos flutuantes e perda da visão, quer central, quer periférica.

 

Sinais e Sintomas

Numa fase inicial a retinopatia diabética é assintomática. Por este motivo o doente com diabetes deve realizar o exame do fundo do olho pelo menos uma vez por ano.

Na retinopatia não proliferativa os sintomas visuais são causados por edema ou isquemia macular. Os primeiros sinais são:

• Microaneurismas capilares;

• Hemorragias retinianas;

• Exsudatos duros (partículas discretas e amarelas dentro da retina);

• Exsudatos algodonosos (exsudatos moles).

Na retinopatia proliferativa os sintomas podem incluir visão turva, moscas volantes ou pontos flutuantes, flashes de luzes e perda súbita da visão. Normalmente estes sintomas são causados por hemorragias vítreas ou descolamentos da retina.

 

Como se diagnostica a retinopatia diabética?

A retinopatia pode ser diagnosticada através da realização de vários exames, tais como:

• Acuidade Visual;

• Retinografia;

• Angiografia por fluoresceína (corante);

• Tomografia de coerência óptica.

 

Tratamento

• Medidas para controlar a glicemia e a pressão arterial;

• Para edema macular, injeções de medicamentos nos olhos;

• Fotocoagulação a laser;

• Vitrectomia quando aplicável.

 

Doentes com edema macular podem ter indicação de receber injeções intravitreas com anti-VEGFs que ajudam a controlar a saída de líquido dos vasos sanguíneos e evitar a formação de novos vasos.

Outros tratamentos que podem ser adotados são a fotocoagulação a laser, em que um feixe de laser é dirigido à retina para diminuir o crescimento de novos vasos sanguíneos anómalos e reduzir os derrames. Usualmente a fotocoagulação não é um tratamento único, sendo necessárias várias sessões do tratamento ao longo do tempo. Se a hemorragia provocada pelos vasos lesionados for significativa, pode ser necessário um procedimento chamado vitrectomia. Neste procedimento, o sangue é extraído da cavidade onde está localizado o humor vítreo. A visão frequentemente melhora após a vitrectomia ser realizada. O tratamento a laser raramente melhora a visão, mas quase sempre impede futura deterioração.